sábado, 5 de julho de 2008

Valor da amizade ou falta dela


Noite de sábado na qual eu me encontrava novamente a fazer... “nada” e descubro o quanto dá trabalho o “nada” fazer. No entanto me encho de alegria ao saber que uma amiga das antigas iria me visitar. Fiquei radiante coma possibilidade de revê-la, já que nos conhecemos a mais de dez anos e dividimos tantas coisas juntas como, por exemplo: quase nos afogarmos e até resgatar um filhote de gato em dia chuvoso, (o qual recebeu nome de chuvisco) e nos falamos muito pouco. Pois bem, eis que chega linda, morena com seu sorriso tímido a vejo na espera que seu noivo estacione o carro, abro o portão e lhe dou um abraço caloroso de irmãs e perguntando se estava tudo bem e ela sem delongas diz que sim e reponde a tudo que lhe é perguntado. Carro estacionado, ela abre a porta e retira um presente o qual agradeço e a convido a entrar e ela diz que não... Mais umas poucas palavras e somos arremetidas pelo silêncio. Havia notado algo diferente em seu olhar... E ela sem titubear diz (já a caminho do carro) que já vai e eu lhe pergunto: assim tão rápido? Ela diz que sim e diz algo do tipo que depois nos falamos... Fato é que um grande vazio tomou conta de mim e fiquei olhando aquele embrulho em minhas mãos numa vontade de ir atrás do carro e puxá-la pelos abraços e dizer: o que está acontecendo? Nunca fui tão infeliz ao receber um presente queria trocá-lo pela presença de minha amiga. Senti que algo ali havia se perdido... Comecei a questionar se eu havia feito algo de errado, mas acho que na verdade foi o que eu não fiz. Por diversas vezes ainda que saibamos o quanto as pessoas são especiais para nós, simplesmente não o confessamos e com os compromissos diários nos afastamos dessas pessoas que tornam nossos dias um pouco mais felizes. Por medo, vergonha ou orgulho isso já não importa, porque quando vemos a pessoa vai embora e não dissemos tudo.


KahH!!!

3 comentários:

l j disse...

AS pessoas estão indo e vindo em nossas vidas, nós fazemso a diferença ou olhamos para o passado como se ele não houvesse existido. A senhorita K olha em frente, escreve, lê e por onde passa faz amigo.

Lector Justicard

Unknown disse...

Nossa, tem toda razão...
Esquecemos de dar valor as pessoas que amamos, e so percebemos isso quando as perdemos...

Anônimo disse...

Realmente você fez a colocação perfeita do ser egoista que conseguimos nos transformar quando incapazes de valorizar pessoas que estão sempre ao nosso lado...somente quando se vão percebemos o vazio...perfeito parabéns!!